terça-feira, dezembro 6

Conversando sobre livros: A maldição do vencedor


Socieda Maravilhosa,


Já vamos começar pela conclusão, indicar, elogiar e dar as cinco estrelas que ele merece. 
A maldição do vencedor vai:

*Te fazer duvidar por causa premissa, 
*Te fazer pensar que "talvez ele até seja bom" lá pela página 100
*E por fim, vai fazer seu coração bater por um romance, mas, vai te entregar uma trama sócio-politica de dar inveja a qualquer - Kiera Kass. 
É um cinco estrelas de longe. Pela escrita, pela trama, pelo desenvolvimento, pela construção dos protagonistas e pela constância da autora. 

 Ano: 2016 - Páginas: 328 - Autor: Marie Rutkoski - Editora: Plataforma 21 - Skoob

      
          Em a maldição do vencedor temos um narrador em terceira pessoa onisciente que conta o história pelos olhos dos dois protagonistas.

Kestrel, filha do general Trajan, o homem mais poderoso da península de Herran. 

Uma jovem Valoriana,  bela, educada, dona de si e louca para ter a liberdade de fazer as próprias escolhas, enquanto para o pai, ela já é livre o suficiente, afinal, tem as opções de se casar ou se alistar, mas, Kestrel não queria nenhuma das duas coisas.

Arin, ou, (o grande amor da minha vida, como preferir) um jovem escravo herrani que perdeu sua família, sua liberdade e seu país há dez anos e a única coisa que deseja, é sua terra de volta, já que de tudo o que ele perdeu, a terra é a única coisa que ele ainda pode ter.


Em Herran a liberdade só existe para mulheres que se alistaram, independente das habilidades e do porte físico, como a melhor amiga de Kestrel, Jess, que nunca conseguiria defender Kestrel de nada, mas, tinha mais liberdade por ter se alistado.

Um modelo diferente de patriarcado? Sim. Mas, não menos opressor.

Há dez anos, na guerra Herran,  os valorianos, povo bárbaro e selvagem com um grande exército e muitas posses, decidiu tomar a península de Herran para si e escravizar seu povo, os herranis, povo com suas tradições,  costumes,  modos e cultura bem firmados  que nunca dependeu do império para nada. (Até aqui, qualquer semelhança com a colonização brasileira é mera coincidência.) Os valorianos não eram civilizados como os herranis, não tinha costumes e etiqueta, quando tomaram a terra de Herran, roubaram todos os costumes e até as coisas mais simples que eles não faziam, como por exemplo,  comer com talheres.

Em uma caminhada no mercado, Kestrel e Jess (sua melhor amiga) acabam indo parar em um salão de leilão de escravos. É assim que Kestrel compra Arin e temos nossa história desenhada, clichê ou não eles se apaixonam, mas, o povo de Arin está armando uma grande revolução para retomar a sua terra de volta, entretanto o rapaz não consegue fingir ou mentir para a moça, em contra partida Kestrel é a típica moça a frente do seu tempo, mas não se engane pelo típica, você nunca viu ninguém como ela e vai amar isso! Porém, é ingênua, crescer numa Herran já dominada a fez ver as coisas como o império gostaria, mas ter Arin por perto abriu seus olhos, um dos diálogos mais marcantes do livro pra mim se passa quando Arin mostra pra Kestrel que as relações com os escravos não eram o que pareciam ser:

"– Eu a amava – Kestrel sussurrou
– Você a amava porque ela fazia tudo o que você mandava. – Não é verdade. – Ela não te amava. Ela nunca poderia te amar. Onde está a verdadeira família dela, Kestrel? Ela não sabia. Sempre teve medo de perguntar. Se Enai te amava, era porque não tinha escolha. Porque não sobrou ninguém."

As relações mais fortes que temos no livro fora a tensão sexual latente entre Kestrel e Arin são as amizades de Kestrel, e por mais que ela tenha um amigo na friendzone, alguns amigos do jogo e aquele amigo que nem é tão amigo assim o que me incomodou foi a amizade dela com Jess, que é  sua melhor amiga. Essa relação foi a única que não comprei. Não suporto os momentos que Jess aparece e acho ela uma falsa-fingida  a amizade das de Kestrel é sincera, mas a de Jess não me convenceu, sabendo que Jess é completamente contra a revolução e Kestrel no fundo, no fundo simpatiza com ela, podemos esperar e ver o circo pegando fogo em "O Crime do vencedor".


Uma curiosidade é que o nome "Valór" e "valorianos" me deixaram louca durante a leitura, era praticamente impossível não associar a Valíria e as conquistas Valirianas das Crônicas de Gelo e Fogo.




O destaque positivo eu entrego para o final do livro,  o último capítulo destroçou meu coração. Eu agradeço a Deus por ter lido esse livro  agora e  poder já correr para o segundo no fim do mês, eu não aguentaria essa tortura mais tempo.



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